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O Dia de Santa Eulália é comemorado no dia 12 de fevereiro.

Eulália de Barcelona é uma santa da Igreja Católica, considerada virgem e mártir. Seu nascimento deve ter ocorrido em 290 e sua morte no início do século IV. As igrejas orientais festejam a santa no dia 22 de agosto e a Católica no dia 12 de fevereiro.

Santa Eulália é frequentemente confundida com Santa Eulália de Mérida, principalmente pelas semelhanças entre suas vidas.

A vida de Santa Eulália

Santa Eulália nasceu numa propriedade de sua família, nos arredores de Barcelona. Seus pais, de família nobre, possuíam uma grande fazenda na periferia daquela então movimentada corte, sendo educada na religião e com muito amor e carinho por parte dos pais.

Através de sua formação cristã, Eulália desde pequena buscou manter-se íntegra, voltada para as coisas de Deus e para a fuga do pecado. Embora tivesse muitas amigas de sua idade, com quem sempre brincava, nunca se deixou levar pela vaidade ou por sentimentos negativos.

Amava a Cristo acima de tudo e o fez em todos os momentos da curta existência.

Na época, o imperador Deocleciano ordenou uma perseguição aos cristãos da Espanha, buscando eliminar da face da Terra o que consideravam como ofensa ao Império Romano. Daciano, um homem cruel e feroz, foi o encarregado de acabar com a “superstição” do cristianismo.

Tendo conhecimento do início da perseguição, os pais de Eulália decidiram fugir para livrar a si mesmos e sua filha, mas, Eulália, então com 13 anos, considerou que era uma injustiça praticada contra os cristãos e foi até o governador denunciar o que estava ocorrendo.

Diante de sua ousadia, o governador, também romano, exigiu que renunciasse à sua fé, que adorasse os deuses pagãos. Recebendo a recusa de Eulália, ordenou que fosse torturada. Segundo a tradição, Eulália foi submetida a 13 tipos de tortura diferentes, entre elas:

· Colocaram-na num barril cheio de facas (ou de vidros, segundo alguns registros) e a rolaram ladeira abaixo, numa rua que até hoje tem o nome de Baixada de Santa Eulália;

· Cortaram-lhes os seios;

· Crucificaram a adolescente numa cruz em formato de X (Santa Eulália, em algumas imagens, é representada com uma cruz, um dos instrumentos de seu martírio);

· Por fim, Eulália foi decapitada.

Segundo a tradição, ao ser decapitada uma pomba voou de seu pescoço, e este é um dos pontos que tornam sua história semelhante à vida de Santa Eulália de Mérida, que teve uma pomba voando de sua boca no momento de sua morte.

Muitas vezes as torturas sofridas pelas duas santas são registradas como idênticas, considerando-se também que as duas foram martirizadas na adolescência.

O corpo de Eulália foi sepultado na Igreja de Santa Maria das Arenas, que foi destruída por um incêndio, tempos mais tarde. No entanto, suas relíquias se mantiveram intactas, sendo ocultas durante a dominação árabe, época em que o culto cristão também foi proibido.

Santa Eulália é venerada principalmente em Barcelona, aonde seu culto vem desde seu martírio. Da Espanha, a veneração à santa atravessou fronteiras, chegando à França, Itália, África e ao mundo cristão de uma forma geral.

Hoje ela é festejada na diocese de Mérida, cidade onde sofreu o martírio, no dia 10 de dezembro, e é também copadroeira de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.

O corpo de Eulália, que foi recuperado em 878, foi trasladado em 1339 para um sarcófago de alabastro na cripta da catedral que leva seu nome. Barcelona realiza anualmente um festival em sua homenagem no dia consagrado à santa, 12 de fevereiro. 





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