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Dia de Nossa Senhora Desatadora dos Nós próximos anos




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O Dia de Nossa Senhora Desatadora dos Nós é comemorado no dia 15 de agosto.

Entre as diversas invocações da Virgem Maria do dia 15 de agosto, está também o de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, um dos títulos dados à mãe de Jesus que teve sua origem na Alemanha, em torno do ano 1700.

Como surgiu a devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós

O pároco da capela de St. Peter, na cidade de Augsburg, na Alemanha, por volta de 1700 solicitou ao pintor Johann Schmittdner um quadro de Nossa Senhora para enfeitar o altar de sua paróquia.

O pintor era um cristão fervoroso e conhecedor profundo dos textos teológicos dos padres e doutores da Igreja e, assim, antes de atender a encomenda do pároco, foi buscar inspiração nos textos que costumava estudar. Encontrou sua inspiração nas palavras de Santo Irineu, um bispo da cidade de Lyon, que viveu no século III da Era Cristã.

O pintor, ao criar o painel com a imagem de Nossa Senhora, informou ao pároco ter se inspirado no livro de Apocalipse, 12,1, onde está presente o texto: “Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo de seus pés e, na cabeça, uma coroa com doze estrelas”.

O texto bíblico faz referência à Mãe de Deus (mulher revestida do sol) e à Imaculada Conceição (a lua debaixo dos pés) e, juntando a frase bíblica com o texto de Santo Irineu, o pintor afirmou ter encontrado a inspiração para o quadro encomendado.

No quadro, a Virgem aparece sob o Espírito Santo, que derrama suas luzes sobre ela. Um dos anjos entrega-lhe uma fita com nós grandes e pequenos, juntos e separados, apertados e frouxos, todos simbolizando o pecado original.

Outro anjo, ao lado da Virgem, recebe de suas mãos a fita, que cai livremente, com todos os nós desfeitos. Segundo o pintor, ele quis simbolizar que devemos procurar uma vida mergulhada em Deus e na sua misericórdia, buscando o poder libertador das mãos da Virgem Maria.

A parte inferior do quadro apresenta uma área escura, simbolizando as sombras que se abatem sobre a terra e sobre os pecadores. Na escuridão é possível perceber um anjo guiando um homem, que o encaminha ao topo da montanha. Segundo os fieis, o anjo é o Arcanjo Rafael, que guia Tobias e o ajuda a encontrar Sara, sua esposa, que lhe fora concedida por Deus.

Johann Schmittdner, inspirado pelas palavras de Santo Irineu e pelo Apocalipse, concebeu o quadro onde a Virgem Maria é representada com a imagem da Imaculada Conceição, aparecendo entre o céu e a terra. As fitas, com os nós pendentes, além do pecado original, também simbolizam os pecados cotidianos dos homens.

Os pecados, segundo a Igreja, são a grande causa dos problemas, levando os fieis para longe de Deus e os impedindo de alcançar a graça, que poderia trazer bons frutos para suas vidas. A fita onde os nós são desatados mostram o poder que Maria tem, simbolizando a vida nova que pode ser conseguida por quem a procura e a ela se dedica.

A área escura, na parte inferior do quadro faz referência ao livro de Tobias (6,13), do Antigo Testamento. Segundo o livro, Tobias enfrentou uma longa e penosa viagem, procurando cura para seu pai, que havia ficado cego. Nessa viagem, ele conheceu Sara, judia que já se havia casado sete vezes, mas que perdia seus maridos na noite de núpcias, vítimas de um demônio que a perseguia.

Tobias, conhecendo sua história, orou e fez jejum, solicitando a ajuda do Arcanjo Rafael que, através do poder divino, libertou Sara de sua maldição, casando-se com ela. O Arcanjo Rafael forneceu-lhe um remédio que Tobias passou nos olhos do pai, quando retornou, curando-o da cegueira.

Segundo o pintor, essa imagem mostra que, para que tenhamos a paz, devemos antes desatar os nós. O simbolismo presente na tela de Nossa Senhora Desatadora dos Nós mostra tudo o que o pintor imaginava sobre a vida cristã.

Desde sua instalação na capela de Augsburg, Nossa Senhora Desatadora dos Nós é invocada pelos fieis e a devoção a ela se espalhou entre os cristãos, com inúmeras igrejas espalhadas pelo mundo. O quadro ainda hoje está na capela, que é cuidada por jesuítas.





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